Monday, December 4, 2006

Pura necessidade

Senti necessidade de registar as seguintes quotes do meu stor de filosofia:
- eles vao la buscar o marfim aos cornos do elefante
- culpa e uma coisa cristã, eu cá não gosto de usar esse conceito. Não tenho culpa que vocês o façam constantemente
- os cristãos que vão de joelhos pa fátima, ou os judeus que vão para meca?
- o mais pequeno e o mais grande, vai tudo dentro.
ja para não falar de rabiosque (em inglês) escrito da seguinte forma: has.
Não, isto com o senhor até vale a pena.

Sunday, December 3, 2006

MacFig no cinema???

A popular "Tragédia de MacFig", adaptada de Shakespere (macbeth) vai ser rodada e passar para o Grande Ecrã. O local de filmagens será algures em Portugal rural e esperamos contar com um elenco de qualidade, o mais aproximado das personagens possivel (é dificil, mas vamos tentar). Prevê-se uma duração de 3 dias de filmagens e o guião já está a ser adaptado.

Não percam!

A mãe

A mãe. O tema mais badalado da adolescência. Não, não vou falar da vossa mãe. Vou falar da minha e do que se passou ainda agora. Pode ser que ajude nalguma coisa.

Ainda agora tive uma discussao com a minha mãe. Daquelas frequentes, que eu tenho de cinco em cinco minutos. Mas sem tirar nem por. A verdade é que eu já não sou uma pessoa paciente, mas a minha mãe tira-me do sério. Fico completamente fora de mim, e já atingiu proporções tais que basta ela falar para eu ficar com o sistema avariado. De qualquer maneira, o que se passa é que a minha mãe tem o hábito de meter o bedelho em tudo o que é meu. Tenho quase dezasseis anos e ela não é capaz de me deixar em paz, seja no que for. O que aconteceu desta vez foi uma coisa do género: a minha mãe agarrou-se ao meu recém-feito relatório de química para 'o corrigir'. O que acontece é que eu fico danada quando corrigem uma coisa, seja o mais pequeno pormenor ou um erro gigante, numtrabalho que eu acabei de fazer e acho que está bem feito. O professor tem o direito de o fazer e é por isso que ali está. Mas a minha mãe, pá... com o devido respeito, ninguém lhe pediu ajuda.
Eu, como boa moça que sou (e desta vez nem sequer gritei) disse-lhe: «Mãe, não quero que vejas o meu relatório», cerca de cinco vezes. A minha mãe viu na mesma. O que fiz eu? Zanguei-me. Mas sempre sem gritar! Disse-lhe: «Mãe, não pode ser. Fazes ouvidos moucos do que eu te digo. Eu peço-te que me deixes ir dormir à hora que eu quero, que não vejas os meus trabalhos, que não andes a bisbilhotar os meus cadernos, que me deixes em paz. E o que é que tu fazes? Não queres sabes. É que não queres saber, mesmo». Sabem o que é que ela respondeu? «Marta, mas tu já te vestes sozinha.» E não estava a gozar. Fiquei perplexa. Mas é que fiquei mesmo. E disse-lhe: «Mãe, não sei argumentar contigo. Eu só queria fazer o que fazem todas as pessoas com 10 anos. Mas lamento se não sabes tomar conta de uma filha. Não estragues depois as vidas aos teus netos, também». «Escolheste este dia para me chatear? Hoje que estão cá as tuas tias? Foi? É por isso?» «Há sempre qualquer coisa, mãe, não há? És tão frágil. Continua a fazer orelhas moucas daquilo que eu te digo. Mas não esperes que te respeite se tu não me respeitas a mim.»
E vim-me embora. Deveras amargo, mas a minha relação com a minha mãe consiste nisto.
B, não é desesperante?

Como ocupar o tempo livre

Um bom post para se não tiverem nada que fazer. Leiam com atenção até ao fim.
M&B começam um daqueles dias secantes, chuvosos e aborrecidos (que não é nada a mesma coisa que secantes) sem qualquer perspectiva do que vão fazer o dia todo. Começam por vegetar a manhã inteira em frente ao computador, sem fazer nada de jeito. Criam um blog, fazem uns posts, essas coisas.
Depois B está a mexer no software do computador e que encontra ela? Eis se não quando, depara-se com um jogo denominado: Super Granny. Este jogo capta-lhe imediatamente a atenção. Quantos jogos de tão má qualidade existem neste mundo, e deparou-se logo com Super Granny, o melhor jogo que existe? Este jogo consiste em fazer andar uma avózinha e recolher gatinhos. Ecavar buracos para os gnomos caírem. Enfim. Lá se aborreceram e encontraram um jogo de corridas de carros. Como era experimental, o carro era muito lento e não havia hipótese nenhuma de ganhar. Quando não há hipótese de ganhar o que é que se faz? Vira-se ao contrário na pista e anda-se à cacetada com os carros do computador que aí veêm. Estiveram 10 minutos a fazer isso, e quando finalmente pararam para ver o qe estavam a fazer, repararam que estavam embrenhadas numa coisa do género:
- Sim! Vai, vai, chega-lhe, agora! Em curvas não, vais falhar! PIMBA!! TOMA!!! EEEEHH, viraste-o ao contrário! olha, vem aí outro! ZUMBA! Acerta neste que ainda nunca acertaste! Olha o teu amigo! Chega-lhe, vá, tu consegues! Não te vires senão ainda dás as duas voltas e acaba o jogo!
Conclusão: arrangem um jogo de carros e viciem-se.

A Tragédia de MacFig

Personagens:
Duncu mano – Rei da Escócia
MacFig – Conde de Bernardess (mais tarde rei)
Lady MacFig – Mulher de MacFig
GentleBall – Criada de Lady MacFig
Beuhquo – Melhor amigo de MacFig
Weird Sisters: Parrecate, Crisontemus, Macacuss
Ramelass – O porteiro
MacFonso

Acto I
Cena 1

Weird Sisters. Numa praia nebulenta como a manhã em que chegará um dia D. Sebastião para salvar o país.

Parrecate – Babudabu, e dabudabu. Sapos, sapos e uma rã mole, encontramo-nos outra vez debaixo do.. soooool.
Crisontemus – Encontramos MacFig debaixo de uma figueira.
Macacuss – Rir a cagar, e cagar a rir, estaremos prontas para o que há de vir.
As três bruxas – Babudabu, e dabudabu.

Cena 2

Entra MacFig e Beuhquo. Uma colina sombria.

Beuhquo – Falai, bruxas.
Parrecate – Saúde, MacFig, serás rei.
Beuhquo – E porque falais tão bem de meu companheiro, não serei também eu digno de vosso juízo?
Parrecate – Serás menos que MacFig, mas maior. Não serás tão feliz, contudo muito menos infeliz.
Beuhquo – Parece que o futuro também me reserva coisas boas.


Cena 3

Saem as Weird Sisters. Entra Duncu mano.

Duncu mano – Pelo meu poder real eu reconheço a tua bravura, MacFig. Eu te denomino Conde de Bernardess.
Beuhquo – Beuh.
MacFig (aparte) – As previsões estavam certas. Serei rei! Mas como consegui-lo? Pedirei ajuda à minha querida mulher.

Cena 4

Lady MacFig, Beuhquo. Quarto ricamente ornado.

Lady MacFig – Sim, sim! Ambição, esconde nesta angelical face a tua negrura! Consome-me, mas não deixes a minha maldade transparecer! Serei rainha, serei, serei! Finalmente meu marido demonstra utilidade… e tu encarregar-te-ás de o manter focado na sua conquista.
Beuhquo – Senhora, eu amo-vos, mas não seria capaz de controlar o meu melhor amigo. As vossas palavras cruéis magoam-me.
Lady MacFig – Calai-vos e comei-me.
Beuhquo - Oh, mas minha senhora…

Cena 5

Sai Beuhquo, entra MacFig. Lady MacFig ajeita o penteado imaculado.

MacFig – Minha adorada mulher, faço tudo por vós. Sabei que as bruxas me prometeram a minha real posição. Vós mereceis tudo, tudo!
Lady MacFig – Pois mereço. Sois um homem?
MacFig – Alguns chamam-me verme atarracado, mas não é verdade. Sou um grande homem e por vós farei tudo.
Lady MacFig – Então sabei que não chegarás ao trono sozinho. O destino não tece as suas próprias malhas, é preciso trabalhar nelas. Para isso estou eu aqui, meu fiel marido, e ajudar-vos-ei a chegar ao trono. Mas para isso… tereis de matar Doncu mano.
MacFig – Jamais, minha adorada mulher! Um homem honrado como eu não mata outro! E o rei apraz-me muito!
Lady MacFig – Eu sabia que éreis um mocho. Onde está essa coragem? Onde estava essa coragem quando te declarásteis a mim no arco-íris?!
MacFig (transtornado) – Tendes razão minha mulher…

Cena 6

Doncu mano no Castelo de MacFig em Bernardess, tendo sido convidado de honra do mesmo. Noite chuvosa.

Lady MacFig – Doncu mano, como me aprazeis. Esses olhos penetrantes que vos saltam das órbitas, como me cativam.
Doncu mano – Mi señora, como sei que é um interesse seu, trouxe-lhe um queijo das melhores cabras da Catalunya.
Lady MacFig – Mas que gentil que sois.
MacFig – Deixai que vos lamba as botas lamacentas, meu Senhor.
Lady MacFig (em voz baixa, para o seu marido, com cara de repugnância) – não exageremos.
Doncu mano – Não, não, a companhia da sua Senhora já me deixa mais que satisfeito. (para Lady MacFig) Dancemos a danza del mar, Senhora.
Lady MacFig (sorrindo) – Sim, meu Senhor.

Cena 7

MacFig e Lady MacFig. Em voz baixa.

MacFig – Não me querendo cortar à última da hora, minha mulher…
Lady MacFig – Seu cobarde! Não vos recusarais agora, agora que estamos tão perto! Negais à vossa fiel mulher o direito ao trono? À felixidade? Pois sois um rato, um rato!
MacFig – Minha querida mulher… minha consciência está cheia de lagostas.
Lady MacFig – Esqueçai as lagostas! Sois um homem e comportar-vos-ás como tal!

Acto II
Cena 1

MacFig na adega, perdido nos seus pensamentos e segurando um cesto com figos do banquete.

MacFig – Que objecto é este que vejo perante mim? Que se exibe e me tenta, tão semelhante aos que tenho em minha posse? Pois será um figo? Um figo, que perdição. Símbolo da minha maldade. Vejo-o, quase consigo tocar-lhe, no entanto não me deixa fazê-lo. Vem, vem, figuinho. Deixa-me agarrar-te. Para onde me conduz? Oh, vejo que para o quarto de Doncu mano. Pois bem. Se tem que ser feito, assim seja.

Cena 2

MacFig e Doncu mano, a dormir. Quarto sombrio.

MacFig – Fá-lo-ei, nem que seja a última coisa que eu faça.

MacFig aproxima-se cautelosamente do leito de Doncu mano. Por breves instantes, hesita. Os olhos de Doncu mano abrem-se em horror perante o maníaco MacFig com o seu cesto de figos em riste.

Doncu mano (em desespero) – Que, que haces, M…
MacFig – Morrei, maldito!

Cena 3

Beuhquo, saindo do quarto onde dormia Doncu mano. Manhã cedo.

Beuhquo – Toquem o sino! Avisem o reino! Assassínio e traição! El-rei da Escócia jaz morto em seu quarto!

O rei jazia na sua cama, de olhos esgazeados e a sua garganta empanturrada de figos esmigalhados, visivelmente sufocado com o montante de fruta que tinha na boca.

Lady MacFig (entrando no quarto) – Oh! Como o mataram! Que crueldade! Com.. com figos! O nosso rei morreu sufocado com FIGOS!
Beuhquo – Pois é senhora… por muito infeliz que seja a situação, sois agora rainha! (Dá a mão carinhosamente a Lady MacFig, que lhe retribui com um sorriso.)

Cena4

MacFig. O seu quarto.

MacFig – Que foi esta troca de intimidades que vi do meu aposento? Que se estará passando por detrás das minhas costas? Amo a minha mulher, mas Beuhquo começa a ser um empecilho. Não se aproveitará da minha fortuna nem da minha mulher… Terei de me livrar dele. Mas como, oh como? Não sujarei mais estas mãos com figo. Terei de contratar alguém de confiança…talvez Gentleball, a criada de minha bela esposa. Mas como consegui-lo? Gentleball obedece apenas a Lady MacFig, e obedece com veneração toda e qualquer ordem que minha mulher lhe dê. Infelizmente terei de embriagar o meu amor para conseguir o que desejo.

Cena 5

Sala de jantar. MacFig e Lady MacFig. Gentleball a arear as pratas.

MacFig (aparte) – Com esta poção que me foi dada por Parrecate, a minha mulher estará suavizada em desejo e maleável em actos.
Lady MacFig – Esposo, que jantamos hoje, para celebrar essa coroa que usais?
MacFig – Jantamos um belo porco que Ramelass, o fiel porteiro, matou para nós, com molho de coentros e puré de castanhas. Para acompanhar temos o melhor vinho de Bernardess.
Lady MacFig – Marido, sabeis bem que não consumo bebidas alcoólicas. Faz parte dos meus princípios, sou uma senhora e como tal me comportarei. Nunca tocarei em vinho.
MacFig – Mas querida, nunca digais “Desta água não beberei”
Lady MacFig – Está bem.
MacFig (aparte) – Sim, sim, bebe o vinho que te entorpece, pois com cada trago minha vontade mais se sobrepõe à tua. Sim, bebe até à última gota, e estarás sobre o meu comando.
Lady MacFig – Ah… Gentleball, acho que estou alegre, talvez um pouco rosada…
Gentleball – Blue corazon diz tudo.
MacFig (sussurando para Lady MacFig) – Minha rainha, seremos completamente felizes se ordenares a Gentleball que mate Beuhquo. Ordena-lhe que o faça e prometo que terás uma vida de luxo e fausto para o resto dos teus dias.
Lady MacFig (atarantada) – Ah, Beuhquo, esse suíno! Inútil servo dos meus objectivos! Gentleball, ficarás encarregue da nobre tarefa de assassiná-lo!
Gentleball (boquiaberta) – S..sim, minha senhora. Às Vossas ordens.

Cena 6

Gentleball. Quarto de Beuhquo.

Gentleball – Que é esta substância que tinge as minhas mãos de rubro? É a culpa? É a minha consciência que sangra? Pois com consciência esvaída em sangue não poderei mais viver. Este punhal, sim, este que levou Beuhquo para o Céu levar-me-á para o Inferno.


Acto III
Cena 1

Lady MacFig. Quarto de dormir, passando folhas com nomes.

Lady MacFig – Fangus, Moreireth, Rufoss, não… nenhum destes me serve. Por quem eu morria de amores deixou-me e tenho de escolher um novo alvo para os meus apetites. Mas só MacFonso me satisfaz. Tenho de o conseguir! Oh, MacFig, que nunca descubras os meus vis desejos…

Cena 2

MacFig e sua esposa, quarto de dormir.

MacFig – Agora que finalmente temos paz, querida esposa, e que eu sou rei… sereis vós aquilo que prometesteis ser aquando do nosso casamento? Minha rainha, minha Senhora fiel?
Lady MacFig (lendo um livro) – Hm hm.
MacFig – Minha bela esposa, acompanhásteis-me durante todos estes obstáculos, fosteis a força que me impeliu para avivar o instinto assassino que há em mim, graças a vós matei Duncu mano e Beuhquo, e muitos mais matarei. Juntos, seremos invencíveis, faço tudo para vos satisfazer…
Lady MacFig (perturbada) – Pois… mas mesmo tudo não é suficiente.
MacFig – Mas que insatisfeita e caprichosa sois, esposa! Arre, um homem nobre faz tudo para vos satisfazer e vós retribuis com meros acenos de mão! (Aparte) Tenho de ir às Weird Sisters, procurar conselhos e certificar-me do meu futuro.

Cena 3

Uma gruta bolorenta. Weird sisters, MacFig, aparições.

MacFig – Dize, criaturas horripilentas do outro mundo! Dize, que futuro grandioso terá MacFig? Que glórias o esperam?
Parrecate – Ih, ih, ih, MacFig deseja saber o futuro.
Crisontemus – Mostrar-lho-emos.
Macacuss – Olhai, olhai para dentro do caldeirão. Rir a cagar e cagar a rir. Sapos lesmas e escaravelhos, sangue de cabra, cavelos e monelhos.

Primeira aparição - MacFig, MacFig, MacFig… fear MacFonso.
Segunda aparição - Nenhum homem te pode matar.

MacFig – Ah ah ah, sou invencível, intocável, o mundo é meu!

Cena 4

Lady MacFig, MacFonso. Seus aposentos.

MacFonso – Sois deveras uma princesa. Uma Ninfa do mar que me chama e me tenta. Oh, como não vos havia descoberto, ninfa divina…
Lady MacFig – Pois não resistais mais a essa tentação, sucumbai ao pecado, ninfo, e derrotai o meu marido para que juntos, possamos ter a real felicidade!
MacFonso – Por vós farei tudo, Ninfa! Matarei o suíno, vosso marido, seu sangue irá tingir as minhas mãos, decapitá-lo-ei e trarei sua cabeça para ornar a lareira! Esfrangalhá-lo-ei até guinchar, serei o vosso herói!
Lady MacFig (entusiasmada) – Sim, sim, sim!

Acto IV
Cena 1

MacFonso, MacFig, arena do castelo de Bernardess.

MacFonso – Morrei, morrei!
MacFig – Hahaha! Por quem me tomais? Nenhum homem me pode matar! Dizei, sois um homem?
MacFonso – Matar-vos-ei pela minha rainha, por este povo, sois um assassino e haveis de morrer como tal!
MacFig – Já vos expliquei, criatura, ninguém me pode matar! (defendendo-se dos golpes de MacFonso) Sou invencível! Imortal!
MacFonso – Mereceis morrer, mereceis ser castigado! Não escaparás impune!
MacFig – Mas o que não compreendeis da palavra imortal? O destino traçou para mim a imortalidade! Pois nenhum homem pode tirar-me a vida! Julgais-vos porventura um deus? Ah ah ah, miserável mortal!
MacFonso – Pois ficai sabendo que o sou! (decapita cabeça de MacFig). – A Justiça prevalece! O tirano morreu! Viva a Escócia, viva Bernardess, viva o povo, viva a minha Ninfa!

Cena 2

O povo, Lady MacFig, MacFonso.

Lady MacFig – Meu ninfo! Como o conseguisteis? Como derrotasteis tão pérfido marido, que me mantinha cativa havia tantos anos? Como executasteis esta terrível tarefa, arriscando a vida por mim? Terão as bruxas falhado? Terão elas, pela primeira vez, errado ao prever o futuro?
MacFonso – Não, minha senhora. Eu… eu não sou um homem.
Lady MacFig – Como não sois um homem?
MacFonso – Pois ficai sabendo que cromossomas que compõem as minhas estruturas celulares são XXY.
Lady MacFig – De que falais?
MacFonso – Sou ambos, sol e lua, fogo e água, yin e yang, homem e mulher.
Lady MacFig – Mas que aberração sois? Não sois um homem?
Um verdadeiro homem?
MacFonso – Mas isso que interessa? O vosso vil marido está morto, o tirano arrumado, tudo o que importa agora é o nosso amor! O vosso coração pertence-me!
Lady MacFig – Jamais tereis o meu coração, aberração da Mãe Natureza! Ireis arder na fogueira, na estaca, como um infiel, como um porco, como uma bruxa! Morrei, hermafrodita!
Povo – EEEEEHHHH!
Cena 3

Lady MacFig, Ramelass, na portaria.

Lady MacFig – Sou uma infeliz, ninguém me ama e nenhum homem me chega.
Ramelass – Eu sou homem o suficiente para vós.
Lady MacFig – Não, não, deixai-me ponderar os meus candidatos. Far-vos-ei um teste. Que é aquilo que me ocupa a mente neste momento? Qual é o meu maior desejo neste momento? Conseguis ler-me a mente?
Ramelass – Hum. Creio que Vossa Majestade deseja um MacBife. Ou estarei em erro?
Lady MacFig (perplexa) – Pois é verdade. É o que mais quero neste momento. Mas mesmo assim não sei se sereis o Homem imdicado para mim.
Ramelass – Como poderei prová-lo?
Lady MacFig – Um verdadeiro Homem saberia.
Ramelass (arrota muito alto)
Lady MacFig (encantada) – Sois vós! O homem dos meus sonhos, da minha vida!
Ramelass – Cala-te, mulher, e vai para a cozinha.








FIM

Saturday, December 2, 2006

Avós

Outra das que tais.
As minhas avós, respectivamente Carminho e Adora, preparavam-se para ir com a minha mãe ver um espectáculo denominado "D. Garcia", sentadas num restaurante junto ao mar.

Carminho - Então, Adora, como está o Mário?
Adora - Está bom, muito calmo, nada agitado. Mas a Carminho daí não vê o mar?
Carminho - Não, não, eu referia-me ao Mário.
Adora - Ah! Que graça! Pois está muito feliz!
Carminho - Não, não, Adora, confundiu-se de certeza, quem fez isso foi o Zé.
Adora - O quê, Carminho?
Carminho - Quem fez a operação ao nariz não foi o Zé?
Adora - Não, eu dizia que o Mário está feliz.
Carminho - Sim, mas afinal como está o Mário?
Mãe - Bom, chega. Estão prontas para o D. Garcia?
Adora - Estamos prontas para o quê, Toninha?
Carminho - A Toninha enganou-se, Adora. É que este vinho não se chama D. Garcia, chama-se Casal Garcia.

- e isto sem terem bebido absolutamente nada -

O Sr. Otário

Esta conversa fala por si.

Mãe - onde está a tua Mãe, pauzito?
Pauzito - está no funeral do senhor Otávio.

(entende-se Otário)
*risos reprimidos*

Mãe - ah sim, e quem é o senhor Otávio?
Pauzito - é o pai do Marinho.

*risos*

Mãe (limpando as lágrimas) - ah, o Marito! Então o que é que lhe aconteceu?
Pauzito (com ar desgostoso) - Suicidou-se.

*RISOS*

Mãe (já a morrer) - oh querido, que horror! E como?
Pauzito (repugnado) - enforcou-se numa árvore.

*RISOS HISTÉRICOS*

Pauzito - vocês estão malucas?
-------------------------

B dá um chapadão a M. M finge que chora.
Mãe - oh querida! O que é que foi isto? Quém é que te bateu?
M - mãããe! Foi o pauzito!
Mãe - ah! Aquele mal-educado horroroso! Não se baate às meninas! Oh Pauzito! Andá cá! Não bates na minha filha, ouviste?
Pauzito - mas eu não fiz nada! AHRG DARGH
Mãe - ainda por cima mentiroso.

As pessoas estúpidas vão todas para Engenharia Informática

Note-se a verdade na proposição:

"as pessoas estúpidas vão todas para EI"

o que não significa que

"todas as pessoas que vão para EI são estúpidas".

Não. Nada disso. Retomemos o exemplo de "Gamelixas". Pessoa que, segundo as conclusões de posts anteriores, é o que se pode chamar estúpido. Gamelixas, quando questionado sobre o seu futuro, murmura, atarantado, computadores. O mesmo se passa com Griselda (ou "grisa", não querendo comprometê-la) que, ena pá, liga e desliga o computador. Já para não falar de Pipo (ou "pauzito", para os amigos) que, bem, responde à pergunta "Então Filipe, o ano correu bem?" com "Não, chumbei". Mas percebe bué de computadores, ou melhor, computadoreX, que é uma maneira informaticax de escrever.
Alguém nota aqui um padrão?

As gajas da ragazza

Como leitoras assíduas desta revista relativamente merdosa, meramente por causa dos horóscopos e geralmente em alturas em que não há mesmo mais nada para fazer, reparámos no seguinte facto, mas não sabemos se mais alguém reparou. A tipa que aparece a apresentar a nova maquilhagem "fashion", seja bem delineada e esfumada, seja dourada e pirosa, é SEMPRE a mesma. Não só é a mesma como é a mesma fotografia, seja para maquilhagem leve, pesada, preta ou branca, penteados ou colares, é a mesma gaja. Outro assunto intrigante é os artigos serem frequentemente repetidos e a secção de televisão ter como comentários "Não gostamos da TVI, porque mudou o horário dos Morangos com Açúcar sem avisar ninguém" ou "A SIC é bué fixe porque a Floribella é o maximo.". Estas redactoras deviam ser despedidas.

Irrita-nos igualmente a "poção mágica para ser sexy". Experimentem pôr creme para as borbulhas no cabelo, pepino, azeite, vinagre, sal, espuma e AAAHHRRGGHH coentros. Quem é que não gosta de coentros? Enfim. será mais uma salada do que um cabelo sexy. Ou sequer saudável.
De mais a mais, aquelas perguntas estúpidas. Oh filhas, se têem borbulhas, vão a uma farmácizinha e comprem um creme para tratar isso em vez de estarem a fazer figuras de estúpidas e mandarem uma coisa para a Ragazza a dizer: "tenho borbulhas o meu namorado ja não gosta de mim, vou morrer". Também há depois as outras que em vez de perguntarem à mãe ou ao ginecologista mandam cartas para uma revista que só vai ter a resposta no mês seguinte e é se a carta for publicada a dizer "Não me aparece o período. Pode-se ficar grávida a ver televisão?". Claro que há sempre a hipótese de serem as redactoras a inventarem cartas à falta de melhor - mais uma vez, deviam ser despedidas. Também já sabemos que as "histórias verídicas" são copiadas da Ragazza espanhola (ahah, apanhámo-vos) mas com um nome ligeiramente alterado, tipo "Verónica, Alguidares de Baixo". Estas tipas não existem...

Não ser estúpido vs. ser inteligente

Uma discussão leva a outra, e as coisas vão-se embrenhando, nomeadamente no campo do burro/estúpido, o que chega a ser bastante frequente nos dias que correm. Assim, enquanto M afirmava que o amigo Luís (chamemos-lhe Luich - nome fictício, a fim de proteger a identidade do visado) era inteligente, por não ser estúpido, declarando simultaneamente que o amigo Gamelas (chamemos-lhe Gamelixas, pelos mesmos motivos) era completamente estúpido, B refutava com a contraprova de que não ser estúpido não significa necessariamente ser inteligente.
Atentemos no seguinte acontecimento.
Uma pessoa normal recebe um SMS dizendo "Macbeth, macbeth, macbeth", à qual responde com "Macdonalds e Macdrive são os que conheço". Podemos classificá-la como moderadamente burro ou simplesmete idiótico? A resposta é facil quando se vê o resto da conversa por SMS. Seguidamente, "Gamelixas" (que, mais uma vez, nao é o seu nome) recebe um SMS explicando que Macbeth é um peixe da América do Sul, e decide responder, com toda a segurança, "ah, isso foi um gajo na rua a quem deram um papel."

Somos só nós, ou este gajo é um bronco? Parece que nunca descobriremos.
(note-se aqui, pela primeira vez, a nossa teoria de que os burros vão todos para engenharia informática. Falaremos disto mais tarde...)
Desafiamo-vos a pensarem no assunto inteligente/burro/bronco...

No entanto, para tirar quaisquer dúvidas, temos o exemplo de "Luich". Luich já recebeu vários telefonemas de duas pessoas. As duas mesmas pessoas. Trinta vezes consecutivas. Claramente com vozes diferentes, assumindo identidades diferentes ou idênticas, com nomes variados e sotaques de toda a variedade, sempre telefonemas anónimos. No entanto, Luich ainda não percebeu que as sessenta pessoas que tornam o seu dia a dia tão alegre, e que o fazem sentir tão desejado, seja a senhora do chinês, a amiga da amiga, a Marianach ou a Tatiana com voz de homem, são sempre a mesma pessoa. Sempre à sexta-feira à noite por volta da uma e meia da manhã. Poderíamos, precipitadamente, como é óbvio, classificar Luich como idiota chapado. Seria um erro. Luich pode estar apenas a tentar entrar na brincadeira, provando que é inteligente. Isto, sim, é um verdadeiro mistério.
MAS - há sempre um mas - Luich deita tudo a perder na seguinte cadeia de SMS:
«Olá linda. Como estás?»
«Não estou muito bem.»
«Ah não? Onde estás?»
«Estou em Trás-os-Montes, no saco-cama que cheira um bocado a mofo»
«Com quem?»
«Sozinha. Ah, não, pelos vistos com a minha tetra-avó que morreu há 40 anos»
«Deve doer dormir no chão. Não queres que te faça umas massagens?»
«Se conseguires passar por cima dos quistos, das bolas de sebo, das borbulhas e espinhas, estás à vontade»
«Ah. Vamos mudar de assunto. O que é que estás a fazer?»
«Estou a tentar meter a minha mão toda no nariz. Mas não cabe. Se calhar vou tentar com um tabuleiro de xadrez, que é mais aerodinâmico.»
...
note-se o desespero. As tentativas repetidas e forçadas de ter uma conversa sensual, frustradas umas trás das outras. Estupidez? Desespero? Burrice? Mas muita frustração.

o primeiro post

As criadoras do presesas-blog dão-lhe as boas-vindas a um blog cheio de dinamismo e boa disposição. Tudo isto porque (mas tudo tem uma razão, nao é verdade?) porque..não tínhamos nada que fazer. O blog vai então ser um alvo das nossas P.J.'s, frustrações, alegrias, e badalhoquices, enfim, tudo serve. Esperemos que gostem.
Atenciosamente,

B&M (não, não é H&M nem M&M...)